segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Dilma grava participação no programa de Ana Maria Braga


DE SÃO PAULO

Como parte de sua estratégia de comunicação durante o Mês da Mulher, a presidente Dilma Rousseff gravou na manhã desta segunda-feira uma participação no programa da TV Globo "Mais Você, da apresentadora Ana Maria Braga. A entrevista irá ao ar na manhã de terça-feira.

A presidente chegou de helicóptero à Central Globo de Produção, em Jacarepaguá, no Rio, por volta de 11h20, e foi direto para o estúdio do programa.

Em um café da manhã, Ana Maria e Dilma conversaram sobre o câncer, doença que as duas sofreram.

"É interessante como esperam de nós, mulheres, uma certa fragilidade. Isso decorre do fato de que a mulher, quando assume um alto cargo, é vista fora do seu papel. Acho que, a partir de agora, isso vai começar a ser encarado como uma coisa normal e natural. As pessoas vão se acostumar com cada vez mais mulheres conquistando espaço", disse a presidente, segundo comunicado do TV Globo.

A presidente também foi questionada sobre o uso oficial do termo "presidenta".

"É para enfatizar que a agora existe uma mulher no mais alto cargo do país, que nós podemos sim chegar longe", afirmou Dilma.

Ainda de acordo com a TV Globo, as duas conversaram sobre a ex-senadora Marina Silva (PV-AC), a participação das mulheres no mercado de trabalho, a violência contra elas e a Lei Maria da Penha.

No quarto bloco do programa, Dilma preparou com a apresentadora um omelete de queijo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Paulo Freire: Um homem ímpar

Publicado em 23/02/2011

Por Fernando Ferro

O educador e filósofo Paulo Freire, se estivesse vivo, completaria 90 anos em 2011. Com seu método revolucionário de alfabetização foi, de forma articulada, com método, rigor científico, compromisso social e político, o primeiro neste país a enfrentar o flagelo da ignorância e da falta de oportunidade. Com sua vontade e seu propósito, Freire não apenas ensinou a ler as letras do alfabeto, mas deu significado à leitura, uma função social.
Paulo Freire chamou homens e mulheres que não tinham nenhuma esperança de participar ativamente da dinâmica cívica, por falta total de informação, para uma situação de protagonismo social. E foi além. Ensinou a escrever formando senso crítico, estimulando a formação da opinião e a criticidade. É a partir deste movimento que o Brasil percebe a necessidade de criar uma política de combate ao analfabetismo. Ele mesmo dizia que a escolarização era um forte elemento para a formação da consciência do cidadão.

Autor de “Pedagogia do Oprimido”, um método de alfabetização dialético, se diferenciou dos intelectuais de sua época por voltar-se ao diálogo com as pessoas simples, não apenas como método de instrução, mas sobretudo como um meio de exercer a democracia em sua plenitude.
E é neste ponto que Paulo Freire se mostra contemporâneo e atual. Foi Paulo Freire quem quebrou no Brasil o estigma de que não é preciso ter berço, ou dinheiro, ou posição social para ter acesso às escolas. Quando atualmente presenciamos os indígenas tendo acesso ao ensino superior, ou os negros ocupando vagas por cotas, ou ainda as populações do interior deste país tendo acesso às Universidades Federais, é importante olhar pra trás e enxergar que a semente foi plantada por este ilustre Pernambucano.

Sendo um homem ímpar, profundo conhecedor de filosofia e de educação, Paulo Freire começou a dedicar-se à educação de jovens e adultos em 1962, quando realizou junto com sua equipe as primeiras experiências de alfabetização popular que levariam à constituição do Método Paulo Freire. Seu grupo foi responsável pela alfabetização de 300 cortadores de cana em apenas 45 dias. Em resposta aos eficazes resultados, o presidente João Goulart, que empenhava-se na realização das reformas de base, aprovou a multiplicação dessas primeiras experiências num Plano Nacional de Alfabetização, que previa a formação de educadores em massa e a rápida implantação de 20 mil núcleos pelo País.

A obra e o legado de Paulo Freire serão revistos e revisitados durante o ano de 2011. A primeira ação oficial será uma sessão solene realizada na Câmara dos Deputados em Brasília no dia 8 de abril, a pedido do nosso mandato. É importante reforçar a importância deste homem para a concretização do processo democrático brasileiro.

Afinal, não seria LULA a mais legítima expressão do processo pedagógico dos oprimidos? Paulo Freire tem sua “culpa” nisso. Ensinou pessoas simples a levantar o olhar, encarar a vida, buscar o conhecimento e fortalecer a auto-estima. Contribuiu para formar uma intelectualidade orgânica no mais fundo sentido gramisciano....

Fernando Ferro, deputado federal PT/PE e membro do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lei de Comunicações: influência da bancada de radiodifusão divide opiniões


Consultor legislativo acredita que parlamentares concessionários de rádios e TVs podem dificultar mudanças na lei. Deputados discordam e acreditam que a propriedade de emissora não inviabiliza capacidade de análise do tema.

Parlamentares afirmam que não haverá prejuízo na análise do projeto da Nova Lei Geral de Comunicações em razão da presença de acionistas ou proprietários de emissoras de rádio e TV no Congresso. Um dos pontos previstos no projeto, que está em fase de elaboração pelo governo, é a proibição expressa de parlamentares serem concessionários de rádio e TV.

Eles discordam de avaliações que apontam eventual parcialidade no debate da proposta em razão da relações diretas e indiretas de parlamentares com emissoras. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aponta uma bancada informal de 60 parlamentares proprietários, acionistas ou ligados a emissoras de rádio e TV. Segundo o Diap, contando proprietários diretos e indiretos (parentes de concessionários, por exemplo), o número sobe para mais de 100. Alguns deputados com participação acionária em veículos de rádio e TV não se reconhecem, no entanto, como integrantes da bancada de radiodifusão.

O consultor legislativo da área de comunicações Cristiano Aguiar Lopes acredita que essa bancada pode dificultar a aprovação das mudanças previstas na proposta do governo. Ele acredita em um fortalecimento desse grupo, especialmente na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, já que muitos deputados que atuavam na área, considerados independentes, não foram reeleitos. O professor Murilo Ramos, da Universidade de Brasília, especialista em políticas de comunicação, afirma que a influência forte dos parlamentares radiodifusores na Câmara já é um fato histórico.

Isenção
O deputado Arolde de Oliveira (DEM-RJ), que é dono de uma emissora de rádio e era integrante da Comissão de Ciência e Tecnologia e Comunicação e Informática na legislaturaEspaço de tempo durante o qual os legisladores exercem seu poder. No Brasil, a duração da legislatura é de quatro anos. anterior, afirma que o fato de um parlamentar deter participação acionária em rádios e TVs não atrapalha a análise isenta de uma nova lei para o setor. O deputado acredita que a proibição expressa de parlamentares deterem emissoras de rádio e TV, prevista no anteprojetoEsboço de um texto ainda não apresentado formalmente como proposta à Casa. , tem que ser discutida com clareza, de forma "não pueril". "Por que não pode ter? O político tem mandato temporário, ele entra e sai. E ele pode não ter a propriedade da emissora, mas ela pode estar em mãos de uma pessoa de sua confiança", destaca. "Se o político que tem rádio tem facilidade para se eleger, o político que tem dinheiro também tem. Essa é uma discussão ideológica".

Oliveira é contrário a um novo marco regulatório amplo para o setor e defende ajustes pontuais na legislação de rádio e TV, para adaptá-la às inovações tecnológicas e para regular, por exemplo, questões de propriedade cruzada dos meios de comunicações. "Não temos que reinventar a roda, temos que corrigir problemas, sem mexer nas conquistas". Ele ressalta ainda que é contrário a qualquer tipo de controle de conteúdo dos meios de comunicação.

Concentração de propriedade
O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que pretende integrar a Comissão de Ciência e Tecnologia, diz que o fato de parlamentares serem acionistas ou proprietários de emissoras de rádio pequenas, por exemplo, não inviabiliza a análise de mudanças nas leis do setor. "Há parlamentares proprietários de grandes redes de comunicação, mas eles são minoria". Para ele, não é necessário proibir os parlamentares de serem proprietários de emissoras, mas deve ser evitada a concentração. "A acumulação de emissoras, o excesso de poder - isso, do ponto de vista democrático, não é bom". O deputado afirma que já foi dono de uma pequena rádio, mas não é mais.

Azeredo acredita que algumas mudanças na legislação do setor são necessárias para adaptá-la à evolução tecnológica. Na sua visão, a Lei Geral de Telecomunicações (9.472/97), por exemplo, deve ser alterada para permitir que as concessionárias de telefonia ofereçam diretamente o serviço de internet de banda larga. Já a Lei do Cabo (Lei 8.977/95), em sua opinião, precisa de alteração para permitir que as operadoras de telefonia ofereçam o serviço de TV a cabo. "Hoje o consumidor paga caro pelos dois serviços", ressaltou. No caso dos serviços de radiodifusão, ele defende a democratização da propriedade de rádios e TVs.

Já o líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), afirma que um novo marco regulatório das mídias, que regulamente o capítulo da Constituição referente à comunicação, democratize o setor e impeça a monopolização, é um dos pontos centrais da agenda do Congresso. "Há uma chiadeira dos proprietários dos conglomerados de comunicação, mas a matéria não pode ser mais adiada", diz. "A bancada de radiodifusão é cerca de 1/5 do Congresso, mas resta 4/5, e não quer dizer que este 1/5 seja todo contrário a mudanças, se elas forem boas para o País".

Fonte:http://www2.camara.gov.br/

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ATO PELOS DOIS ANOS SEM MANOEL MATTOS


Bastante emocionada, Nair Ávila quer que a polícia realize novas investigações

Ainda durante a cerimônia de homenagem aos dois anos de morte de Manoel Mattos, que teve a presença de amigos e familiares da vítima, a ministra Maria do Rosário aproveitou para prestar solidariedade à mãe da vítima, Nair Ávila. “Quando observamos uma senhora buscando forças por Justiça e transformar sua bandeira de luta, seu nome, Nair, passa a ser Justiça”, declarou a ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário.

Nair Ávila, muito emocionada, agradeceu o apoio recebido durante os últimos dois anos. Parafraseando seu filho morto, ela disse que “as lágrimas e o sofrimento de hoje servirão para futuras vitórias”.

MANOEL MATTOS UMA TRAJETÓRIA DE LUTA


Dois anos sem o companheiro MANOEL MATTOS, hoje ato na OAB Recife as 13h, com a presença da Ministra dos Direitos Humanos a companheira MARIA DO ROSÁRIO, o Deputado Federal FERNANDO FERRO, e outras lideranças.

Participe deste ato, contamos com sua presença.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Levantamento do G1 ouviu parlamentares sobre 13 temas polêmicos. Dos 513 políticos que farão parte da nova Câmara, 414 responderam.

VEJA OS TEMAS ABAIXO:

  • Jornada de 40 horas semanais:229 deputados a favor, 116 contra.
  • Descriminalização do aborto : 78 deputados a favor, 267 contra.
  • Dinheiro público para campanha :323 deputados a favor, 61 contra
  • Descriminalização da maconha:63 deputados a favor, 298 contra.
  • Liberação de bingos e caça-níqueis:119 deputados a favor, 255 contra.
  • Punir pais que batem nos filhos:140 deputados a favor, 207 contra.
  • Fim do fator previdenciário:228 deputados a favor, 116 contra.
  • Plebiscito sobre maioridade penal:233 deputados a favor, 166 contra.
  • Fim da assinatura básica de telefone:338 deputados a favor e 30 contra.
  • 'Nova' CPMF para financiar saúde:142 deputados a favor, 239 contra.
  • Voto em lista fechada:175 deputados a favor, 181 contra.
  • Piso salarial nacional para policiais:330 deputados a favor, 53 contra.
  • Redistribuição de royalties do pré-sal:368 deputados a favor, 28 contra.