sábado, 26 de junho de 2010

Amazonas: Ibope aponta Dilma com 66% das intenções de voto Os resultados da primeira pesquisa Ibope de intenção de voto realizada no Amazonas este

Os resultados da primeira pesquisa Ibope de intenção de voto realizada no Amazonas este ano apontam ampla folga da candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff, no Estado, com 66% das intenções de voto, contra 18% para o candidato tucano José Serra (PSDB).

A candidata Marina Silva (PV) foi indicada por 10% dos eleitores entrevistados. Intenções de votos brancos e nulos somaram 3%. Os indecisos representaram 4% do total de eleitores consultados.

Na pesquisa espontânea, em que as perguntas não mencionam nomes de candidatos, Dilma Rousseff mantém a liderança com 48% das intenções de voto. José Serra foi lembrado por 12% dos entrevistados, seguido da candidata Marina Silva, com 8% das intenções espontâneas. Entre os entrevistados, 2% disseram que votariam em branco ou anulariam o voto e outros 18% não souberam indicar um candidato.

Dilma venceria no segundo turno

O Ibope também apontou ampla vantagem de Dilma Rousseff em um possível segundo turno contra o candidato tucano, com 72% das intenções de voto para a petista contra 21% para Serra. Os percentuais de intenções de votos brancos e nulos na consulta sobre o segundo turno no Estado foi de 4%. Os indecisos somaram 3% do total.


Segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a pesquisa Ibope foi realizada entre os dias 12 e 17 de junho e entrevistou 812 eleitores em todo o Estado. O registro no TSE foi feito sob o número de protocolo 16390/2010. O registro junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE/AM) foi feito sob o número de protocolo 14206/2010.

A pesquisa foi encomendada pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Federação da Agricultura do Estado do Amazonas, Federação do Comércio do Estado do Amazonas, Associação Comercial do Amazonas e Centro da Indústria do Estado do Amazonas. O grau de confiança é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte:

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

O deputado Fernando Ferro (PE) é o líder da bancada do PT na Câmara Federal Foto: Ed Ruas/Especial para Terra



Ed Ruas
Direto de Recife

Líder da bancada do PT na Câmara Federal, o deputado Fernando Ferro (PE) creditou ao PSDB a confecções de dossiês e acusa o deputado federal tucano, Marcelo Itagiba de ser "um notório agente desse submundo de informações e da política da conspiração". O petista citou o parlamentar pela suposta conexão entre ele e o ex-delegado da Polícia Federal, Onésimo Sousa, que garantiu ter sido procurado por interlocutores de Dilma Rousseff (PT) para confeccionar um dossiê.

De acordo com Fernando Ferro, a aliança com PMDB tem suas "concessões". Um exemplo foi o incidente ocorrido no Maranhão, onde petistas históricos acamparam uma greve de fome em protesto ao apoio do PT à pré-candidatura de Roseana Sarney (PMDB) ao governo. O líder da bancada afirma que algumas situações regionais "requerem certa tolerância" e lembrou que a participação dos peemedebistas tem sido importante para a governabilidade de Lula.

Terra - O senhor participou do acordo que encerrou a greve de fome do deputado federal Domingos Dutra e do líder camponês Manoel da Conceição, ambos fundadores do PT, que discordavam da aliança do PT com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). Como o partido avaliou esse protesto?
Fernando Ferro - A forma de protesto utilizada por companheiros do PT do Maranhão foi essa greve de fome. Primeiro, quero manifestar que sou contra esse tipo de manifestação. É uma ação extremamente grave e limite, pois se coloca a em jogo a vida por conta dessas divergências. Mas respeito. Esse campo político do Maranhão tem muita responsabilidade no PT, Manoel da Conceição militou no PT de Pernambuco, no inicio do PT. É um companheiro do PT e temos nele além do compromisso político, um compromisso afetivo com ele. Entramos no circuito para buscar uma mediação. E conseguimos superar esse impasse. Garantimos o direito deles de dissidência, eles vão atuar no Maranhão sem a obrigação de fazer campanha para Roseana Sarney.

Terra - Até pouco tempo atrás, esse tipo de aliança era rechaçada pela grande maioria dos petistas. O que mudou?
Fernando Ferro - A aliança é com o PMDB e é uma aliança nacional. Evidente que o PMDB tem situações variadas. No Maranhão, o PMDB pertence ao grupo Sarney, que nos apóia no campo nacional e no Senado. Tem participado da base do Governo e, independente das divergências políticas, faz parte do agrupamento que dá sustentação ao governo Lula. Essas situações regionais requerem certa tolerância.

Terra - Este caso no Maranhão não dá a entender que PT é refém do PMDB?
Fernando Ferro - O PMDB é um partido estratégico, importante e tem sido muito solidário com o PT na Câmara dos deputados. Tem sido de uma extrema serventia o apoio da bancada do PMDB. Na disputa nacional é evidente que temos que fazer algumas concessões. O PMDB tem, por exemplo, candidato na Bahia, no Rio Grande do Sul e não foi possível fazer aliança com eles nestes estados. O que acontece no Maranhão é semelhante, não conseguimos fazer. Achamos que essa é a maneira possível de conviver neste momento.

Terra - Mas essas concessões não extrapolam os limites? Temos como exemplo as solicitações do PMDB para encabeçar ministérios...
Fernando Ferro - O PMDB tem a maior bancada do Congresso e, uma coalizão, uma coligação para governar um País, requer uma divisão de responsabilidade. Nós fizemos isso. É fruto de uma correlação de forças que existe no plano político nacional. Eu lhe digo que gostaria que o PT tivesse a maioria dos ministérios, mas nossa situação não permite isso. Para governar precisamos de alianças, e para isso temos que dividir as responsabilidades. Não são concessões apenas. São participações para governar. Esperamos que isso evolua para uma aliança programática e mais consistente. As disputas regionais existem, mas temos que ter em mente que nosso objetivo principal é a presidência da República. Por isso, em alguns momentos, temos que fazer concessões nas políticas regionais.

Terra - A diretriz é manter o Poder custe o que custar?
Fernando Ferro - Não é custe o que custar. Nós definimos nossos parceiros. Temos a oposição, DEM, PSDB e PPS. Que devem cumprir seu papel, mas não queremos acordo. Nós compomos um campo político que reflete uma pluralidade de partidos que apoiou o presidente Lula, que sustentou o governo no Congresso. Vamos avançar para consolidar essa aliança. O candidato a vice é do PMDB e estamos discutindo juntos o programa, a campanha e a condição de governabilidade. Temos vários partidos, com diferenças regionais, mas com um eixo importante. Quem tem problemas, hoje, são nossos opositores que não conseguem montar uma chapa, não conseguem nem mesmo armar um vice. Nós estamos cumprindo nossa agenda e cumprindo com competência, pois nossa candidata cada vez mais se afirma nas pesquisas e consolida seu espaço nas candidaturas.

Terra - Antes mesmo do registro das candidaturas entrou em voga suspeitas de confecção de dossiês. O último fato sobre o assunto registrado é a declaração do ex-delegado federal, Onésimo Sousa, que disse ter sido procurado por pessoas ligadas a Dilma Rousseff (PT)...
Fernando Ferro - Isso é mentira! Ele não foi contratado nem por Dilma e nem pelo PT. Ele disse que foi sondado por pessoas que trabalhariam na organização do comitê de campanha. Não tem ninguém do PT em contato com esse senhor. O senhor Onésimo foi um delegado federal que trabalhou com Marcelo Itagiba, que é deputado federal do PSDB. Eles (tucanos) não têm um projeto político e querem sabotar a campanha com dossiês. O especialista em dossiê é o PSDB. Serra é o responsável por esquema de dossiê. Não temos nenhum deputado federal que seja policial federal, como Marcelo Itagiba que é um notório agente desse submundo de informações e da política da conspiração. Onésimo se afirma como anti-petista. É um militante político do submundo da arapongagem, um desqualificado. Quanto mais eles falam, nossa candidata se consolida. É o desespero deles, pois não têm um vice e nenhum programa de governo. Uma hora atacam Lula e outra hora, defendem. Estão totalmente perdidos e têm que arranjar adereços para tentar criar esse tipo de baixaria. Estamos com mais de cinco pontos a frente nas pesquisas internas, vai ser muito choro dos tucanos.

Terra - Mesmo assim, a candidata Dilma Rousseff está bem abaixo dos índices de popularidade e avaliação do governo Lula. O que falta para ela ampliar a vantagem? Lula pedir o voto?
Fernando Ferro - Você acha pouco ela estar à frente de José Serra a essa altura do campeonato? Não é pouca coisa não. Estou assustado positivamente com os percentuais dela. Esperávamos que isso só fosse acontecer no final de julho e início de agosto. E o presidente ainda não pediu voto pra ela. O curioso é que uma parcela dos apoiadores de Serra pensa que ele é apoiado por Lula, 10% da população. Acho que está muito bom e temos um crescimento surpreendente. Inclusive na sondagem espontânea Dilma já ganha de José Serra.

Terra - Mas ao escolher Dilma Rousseff o PT não corre certo risco? Trata-se da primeira eleição dela como candidata, nunca participou de debates em televisão e rádio e a oposição ressalta essa inexperiência.
Fernando Ferro - Experiência ela tem. Como alguém que coordena o Programa de Aceleração do Crescimento, que comandou a Casa Civil, que tem a informação de todos os dados do governo não tem experiência? Como uma pessoa que assumiu o lugar de José Dirceu naquela crise e, de lá pra cá, só vê o País crescer politicamente e economicamente pode ser inexperiente? Em debate ela vai surpreender. Na eleição de prefeito, aqui no Recife, disseram que João da Costa (PT) era um poste e não saberia se defender. Quando ele assumiu a disputa, nos debates ele ganhou. Ele conhecia o governo assim como Dilma conhece. Ela lutou em vários campos e cenários, lutou contra a ditadura e luta dentro do governo Lula por esse projeto político. A oposição deveria estar comemorando essa falta de experiência dela, não é? Porque estão tão agoniados? Porque sabem que ela tem domínio dessas informações e tranqüilidade pra enfrentar essa luta. Dilma tem uma frente de partidos e o PT com ela. Ela não está sozinha nesta disputa. Ela está dando certo e o povo quer que isso continue.

Terra - Não é perigoso comparar a eleição de Dilma Rousseff com a eleição no Recife de João da Costa? Aqui, o pós-eleição resultou na ruptura entre o prefeito eleito e seu antecessor, João Paulo (PT).
Fernando Ferro - Me refiro à disputa eleitoral em si. Quanto ao estilo, a presidente do Brasil vai ser Dilma e não Lula. Como o prefeito é João da Costa, não é João Paulo. Evidente que algumas coisas poderiam ter sido evitadas. O importante é que estamos lidando com situações diferentes. Cada caso é um caso. Só exemplifiquei, pois foi um caso parecido com o que aconteceu aqui.

Terra - O senhor já declarou que preferia ter João Paulo na disputa pelo Senado em vez de Humberto Costa. O ex-prefeito não é muito subestimado dentro do partido?
Fernando Ferro - Não. João Paulo não pode ser subestimado, pois é a maior liderança do PT no Estado. Eu acho que faltou maturidade dentro do partido para fazer essa discussão. Prevaleceu a estrutura da máquina e de quem tinha a maioria. E acho que João Paulo ajudou nisso, quando saiu antes do tempo. Nós que apoiamos na indicação fomos avisados depois. Ele não fez uma reflexão conosco. Não deveria ter corrido tão rápido. Além de ser uma referência política para nós, vai ser fundamental nos desdobramentos do PT mais na frente e acredito que vai ser o deputado federal mais votado. Se houvéssemos feito um maior esforço, até por parte de João Paulo, pelo comando do partido no Estado, o resultado poderia ser outro.

Fonte: http://www.fernandoferro.com.br/

sábado, 19 de junho de 2010

Os Cristãos e “A Pátria de Chuteiras”


Reflexão Episcopal



Brasileiros de todos os credos (e os sem credo) vivenciam a cada quatro anos um período de simbólico e afetivo patriotismo, com a realização da Copa do Mundo de Futebol patrocinada pela FIFA. A esse período o inesquecível Nelson Rodrigues denominava de “A Pátria de Chuteiras”. Melhor assim, em uma atmosfera lúdica, do que um patriotismo alimentado por permanentes guerras, como acontece em outras plagas. “Mens sana in corpore sano” (mente sadia em corpo sadio) já advogavam os romanos.

Lamentavelmente o dualismo grego (herdado do bramanismo) arrebentou com a sanidade da Igreja com o dualismo entre uma bondade da alma a ser alimentada e uma maldade do corpo a ser maltratado, com a confusão entre “carne” e “corpo”. A Reforma tentou reverter essa distorção, conseguindo em alguns segmentos, piorando em outros.

No Brasil, os colégios evangélicos introduziram a escola mista, a educação física e os esportes do basquetebol e do voleibol, em uma época que a Igreja Romana prescrevia uma ascese de auto-flagelação, e era chique para os intelectuais portarem as olheiras da tuberculose, morrendo muito cedo. Sofremos, depois, uma mistura de puritanismo distorcido e absorção do catolicismo de romaria dentro do movimento pentecostal, sem saber o que fazer com o corpo e o prazer.

Dou graças a Deus pelos Adventistas com sua lembrança do valor dos esportes, da boa alimentação e da qualidade de vida, de uma santidade que inclui o bom cuidado do corpo.

Estou esses dias nos Estados Unidos, dos “Amish” de charrete e dos ecos do hedonismo de Woodstock, com suas multidões de obesos e de magérrimos, ambos mal vestidos, também às voltas com o corpo e o prazer.

Afirmamos, como evangélicos latinoamericanos a Igreja como uma comunidade terapêutica. Por isso estou grudado na televisão por aqui, e desejoso de voltar ao Brasil o mais cedo possível, para ter tempo de ainda torcer por nossa seleção, como vivência da pátria terrena, em um nordeste que revive sua identidade no ciclo junino. No fundo, gostaria de termos bons estádios de futebol na Nova Jerusalém, com uma boa Copa Celestial, com tantos jogadores e treinadores salvos ao longo dos séculos.

Pode ser apenas um sonho de um “céu à brasileira”, mas que seria bem mais animado seria. Torçamos e Oremos!

Miami (Fla), 17 de junho de 2010,
Anno Domini.

+Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo Diocesano
Diocese do Recife - Comunhão Anglicana

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sem acordo com PT, fundador do partido volta à greve de fome.


Da Folha.com

Menos de um dia depois de anunciar que suspenderia a greve de fome, o militante histórico do PT Manoel da Conceição, 75, decidiu voltar ao protesto ao lado do deputado Domingos Dutra (PT-MA). A decisão foi tomada porque o acordo com o diretório nacional a respeito do apoio do partido no Maranhão não avançou.

Deputados federais petistas tentaram conversar com a cúpula do partido para tentar permitir uma dissidência de Dutra e Domingos. Na prática, eles esperavam que os militantes maranhaenses fossem liberados para defender a candidatura do deputado Flávio Dino (PC do B) ao governo estadual. "Queremos, pelo menos, que o PT volte atrás e decida ficar neutro na disputa eleitoral no Maranhão", afirmou Dutra, em greve de fome desde a última sexta-feira. "Não queremos ficar como pedintes, sem poder apoiar quem defendemos."

O PT no Estado havia definido, em março, o apoio a Dino, mas a direção nacional decidiu defender a reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB), em nome da aliança em torno da candidata Dilma Rousseff. Com isso, a direção agradou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana. Nesta quinta-feira um grupo de 200 agricultores rurais esteve no Congresso para mostrar solidariedade a Dutra e Manoel. Aplaudido, o deputado emocionou-se com a manifestação. Segundo o vereador de Buritis (MG), Jorge Augusto (PT), que liderou a visita, o diretório nacional deveria dialogar mais. "Eles são patrimônios do partido."


http://www.blogdafolha.com.br

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Muito mais carbono no ar


Cálculo conservador conclui que, somente na Amazônia, a conta de emissões de CO2 aumenta em 31,5 bilhões, caso seja mantida proposta de mudança no Código Florestal.

Se aprovada, a proposta ruralista para o novo Código Florestal, apresentada ontem (09.06) pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP), poderá provocar, em um cálculo conservador, um aumento de nas emissões brasileiras de CO2 na atmosfera.

O cálculo, resultado de uma estimativa preliminar do Greenpeace e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), vale somente para a Amazônia e foi feito com base em um dos artigos do novo texto, o que extingue das pequenas propriedades a Reserva Legal, área de mata nativa que, pelo atual Código Florestal, deve ser mantida em qualquer propriedade rural.

A conta: ficam dispensadas de preservar a área de Reserva Legal propriedades com menos de quatro módulos – na média, algo em torno de 400 hectares. Multiplicando este valor pelo número de pequenas propriedades da região, estimado pela própria Confederação Nacional da Agricultura (CNA), perderemos cerca de 30 milhões de hectares protegidos.

O Greenpeace partiu para um cálculo ainda mais conservador. Descontou destas, um terço, considerando que são propriedades que não se encontram sob o registro do bioma Amazônia, onde o percentual de proteção é de 80%, e sim do Cerrado, cujo valor cai para 35%. Fechou-se assim em 20 milhões de hectares.

Para as fazendas maiores de quatro módulos, a área de Reserva Legal começa a ser computada descontando-se os 400 hectares. Se considerarmos que temos 122 mil fazendas nestas condições – de novo, números da CNA - a matemática nos leva a mais 48,8 milhões de hectares que deixam de ser preservados. Mais uma vez sendo conservador, o cálculo supôs que todas estas propriedades estão no bioma Cerrado e lá se vão outros 17 milhões de hectares de floresta.

“Se levarmos em consideração que todo o Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima e partes do Tocantins e Maranhão são regiões de bioma Amazônia, que deveriam ter 80% de Reserva Legal preservadas, o número real é muito maior”, diz Paulo Adário, coordenador da Campanha de Amazônia.

Somados os valores acima, chega-se a 85 milhões de hectares de áreas protegidas perdidas. “Isto, multiplicado por 366 toneladas de CO2 por hectare, número também conservador do governo para a quantidade de carbono por área de floresta, estaremos emitindo 31,5 bilhões de toneladas de CO2, ou sete vezes mais do que a meta de redução do governo brasileiro para 2020”, conclui Paulo Adário.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/

sábado, 5 de junho de 2010

Após reforma, Estádio Olindão é entregue à população.

Com a reestruturação do Estádio Municipal Eugênio de Araújo.
Olinda vai entrar de vez no circuito esportivo de Pernambuco.

Foi reinaugurado, na última quarta-feira (02), o Estádio Municipal Eugênio de Araújo, popularmente conhecido como Olindão. Localizado no bairro de Jardim Brasil, o estádio vai sediar os jogos da segunda divisão do Campeonato Pernambucano de Futebol. A estréia da nova infra-estrutura aconteceu durante o jogo do Olinda Futebol Clube x Timbaúba. (Partida entre o Olinda Futebol Clube e Timbaúba acabou em empate de 1x1)

O investimento pesado da Prefeitura Municipal de Olinda recuperou o espaço, com o objetivo de fazer da cidade um novo polo esportivo de Pernambuco. Com a nova infra-estrutura o estádio passa a contar com arquibancada para quatro mil pessoas, nova irrigação, vestiários ampliados, bilheteria, sala para juízes, nova lanchonete e novos acessos para visitantes, jogadores e pessoas da casa.

Fonte:
http://www.olinda.pe.gov.br/esporte

terça-feira, 1 de junho de 2010

MOÇÃO EM DEFESA DA CHESF

O atual projeto de reestruturação da Eletrobrás decorre do seu esvaziamento a partir de 1995, no governo FHC, com a implantação no setor elétrico brasileiro do modelo mercantil com base privada, em substituição ao modelo de serviço público pelo custo, até então vigente.

Com aquele modelo, a Eletrobrás perdeu as suas principais funções, como o planejamento da expansão do sistema, o comando da operação do sistema interligado, a elaboração de inventário e de estudos de viabilidade de aproveitamentos hidrelétricos, entre várias outras. A Eletrobrás ficou basicamente com as funções de financiadora de projetos do próprio grupo, de gestora dos fundos setoriais e como gestora indireta das distribuidoras estaduais federalizadas.

No início de governo Lula (2003/2004), a Eletrobrás e suas subsidiárias foram retiradas do Programa Nacional de Desestatização (PND). Mas nenhuma de suas funções subtraída foi restituída. A reintrodução do planejamento do setor foi então entregue à nova Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Apesar dos avanços feitos pelo governo Lula a Eletrobrás, vista pela sua própria burocracia continuou esvaziada.

Em final de 2007 o Presidente Lula expressa publicamente o desejo de que a Eletrobrás fosse para o setor elétrico o que a Petrobras é para o setor de petróleo.

No início de 2008 o Eng. José Antonio Muniz Lopes assume a Presidência da Eletrobrás. De forma açodada considerou que a proposta que atenderia ao desejo do Presidente Lula, seria apoiada exclusivamente em bases conceituais de caráter financeiro.

O Ministro de Minas e Energia, à época, determina que seja elaborado o “Projeto de Transformação e Fortalecimento da Eletrobrás” e estabelece as respectivas orientações. Os estudos então em andamento assumem a condição de projeto e avançam.

A reunião do Conselho de Administração da CHESF, de 11/07/2008, por determinação da Eletrobrás altera os Estatutos da CHESF, estabelecendo que todas as decisões estratégicas e de investimentos da empresa fiquem sujeitas à prévia aprovação do Conselho de Administração da Eletrobrás. Medida similar é aplicada para as demais subsidiárias.

Paralelamente, a Eletrobrás criou grupos de trabalho diversos para implantação das providências necessárias à efetivação do seu projeto global de transformação, contando com representantes das suas subsidiárias. Os resultados dos grupos de trabalhos, todos coordenados pela Eletrobrás, não passavam pelas Diretorias Colegiadas das subsidiárias.

Também é preciso ressaltar que nunca houve uma discussão profunda, com ninguém, de qual o significado real da vontade expressa pelo presidente Lula “de que queria a Eletrobrás transformada na Petrobrás do setor elétrico”. O que se viu a partir do projeto de transformação da Eletrobrás foi uma visão estreita, autoritária e centralizadora querendo transferir para a sede da Eletrobrás no Rio de Janeiro as funções essenciais das empresas regionais, inclusive do caixa financeiro. Esta deturpação da vontade do Presidente Lula desencadeou uma crise entre as empresas regionais e a Eletrobrás, particularmente com a Chesf que assumiu através de seus trabalhadores uma posição mais efetiva de defesa dos interesses da empresa, como já haviam feito em outras situações assemelhadas. A direita tentou aproveitar a reação dos trabalhadores e passou a defender um conceito de autonomia absoluta para a Chesf coisa que nunca tinha sido proposto pelos trabalhadores.

Os erros do Sr. José Antonio Muniz Lopes foram muitos e extrapolou as raias da racionalidade quando tentou acabar com a marca da Chesf. Felizmente, esta posição está sendo revertida e mais uma vez fica claro que somente a vigilância da classe trabalhadora é capaz de reverter as posições contrárias aos interesses da região.

Conclamamos a classe trabalhadora a ficar atenta a postura de submissão do Sr. José Antonio Muniz Lopes aos interesses do capital privado, o que fica demonstrado, pois apesar da legislação já ter autorizado que a participação da Eletrobrás e de suas subsidiárias em novos empreendimentos possa se realizar com o controle majoritário, a opção tem sido sempre pela associação onde o grupo Eletrobrás entra em condições minoritárias.

Como este processo estava sendo desenvolvido em ambiente fechado, sem qualquer transparência para a sociedade, inclusive para os governos estaduais e para o Congresso Nacional, é preciso que se esclareça o seguinte: o Sr. José Antonio Muniz Lopes criou uma situação de desgaste político para o governo Lula, particularmente no nordeste brasileiro.

Considerando os aspectos aqui evidenciados os delegados reunidos no Encontro Estadual do PT de Pernambuco, em 30/05/10, entendem que é necessário que o Governo Federal restabeleça as condições de autonomia adequada a uma empresa regional do porte e importância da Chesf, criando assim, condições favoráveis para se pensar o setor elétrico, à luz dos interesses nacionais articulados com as necessidades do desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras.